quarta-feira, 6 de abril de 2011

às 13:05
AUDIÊNCIA PÚBLICA

Emoção marca debate sobre síndrome de down na Assembleia, que abrirá vagas para portadores


Numa decisão inédita no legislativo brasileiro, o deputado Ricardo Motta, presidente da Assembleia, anunciou agora há pouco, durante audiência pública na Assembleia Legislativa, a contratação, pela Casa, de 3 portadores de Síndrome de Down.
Motta promoveu audiência, que contou com a presença dos secretários de Saúde do Estado e Município, para discutir sobre a síndrome, muitas vezes pouco entendida por pessoas que convivem com portadores.
Com o anúncio, a luta de pessoas com Síndrome de Down por uma oportunidade no mercado de trabalho ganhou novo capítulo.
A contratação será feita a partir de um convênio com a Associação da Síndrome de Down do RN e Associação Pais e Amigos, e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil (APABB).

“Espero, sinceramente, que esse nosso gesto sirva de exemplo e de motivação para que outros poderes do nosso Rio Grande do Norte incorporem ao seu quadro de servidores, pessoas com Síndrome de Down”, afirmou Ricardo Motta.
Presente à audiência, a desembargadora aposentada Margarida Seabra, uma das fundadoras da Associação da Síndrome de Down, relatou a história de luta de 30 anos em prol dos direitos das pessoas com Síndrome de Down.

“Todas as conquistas destes anos de luta podem ir num passe de mágica. Por isso é importante atitudes como esta da Assembleia. A discriminação ainda continua aí, e temos que ficar vigilantes”, afirmou Margarida Seabra.
Pai de Olívia, portadora da síndrome, o secretário Estadual de Saúde, Domício Arruda, relatou as dificuldades, há quase três décadas, de pais na hora de estimular os filhos ainda bebê.

“Quando começamos a luta não existia fonoaudiólogo em Natal. Olívia tem 30 anos hoje, e acho que ela é feliz. E é isso que buscamos”, disse o secretário, que prometeu interiorizar o Centro de Reabilitação Infantil (CRI), referência no atendimento às crianças com deficiências de todos os tipos.
Durante a audiência, jovens com Síndrome de Down relataram os desafios e conquistas pessoais. Fábio Azevedo da Costa emocionou a todos ao falar sobre situações de preconceito e discriminação, e explicar o modo como se impõe para ser respeitado.

“Alguns dizem olha o doido. Mas Síndrome de Down não é ser doido”, falou Fábio. A Apae de Parnamirim, associação da qual Fábio faz parte, solicitou à Assembleia Legislativa o apoio para colocar em prática um projeto de inclusão digital. O presidente Ricardo Motta prometeu estudar a forma legal de viabilizar a parceria.
Moraes Neto

Ricardo Motta encampa a luta dos portadores de down por vagas no mercado de trabalho


Domício contou a história de Olívia e prometeu levar atendimento público ao interior





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Tit Publicidade

Um comentário:

  1. Ví e gostei do grande momento. Assistí também, na TV. Assembléia.
    Gde. abraço, Iací

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